Um dos aspectos mais inquietantes do TDAH para os pais é que ele evolui com o crescimento da criança. O que funcionou aos 6 anos pode não funcionar aos 16 anos. Até 80% das crianças em idade escolar com diagnóstico de TDAH continuarão a ter o transtorno na adolescência e, entre 30 a 65% continuarão a apresentá-la na vida adulta, dependendo de como o transtorno é definido em cada caso particular. Os pais percebem o problema quando a criança tem três ou quatro anos de idade, às vezes antes disso. Algumas crianças com TDAH, entretanto, podem ser difíceis de serem cuidadas por serem muito ativas, irritáveis e temperamentais desde o início da infância. Outras podem não ter demonstrado essas dificuldades até ingressar na pré-escola ou mesmo no ensino fundamental. No último caso, a criança, provavelmente, apresentou algumas características do transtorno anteriormente, mas não demonstrou problemas que interferissem na realização das tarefas de desenvolvimento relativamente simples.
Crianças com TDAH não são todas iguais. Algumas exibem padrões diferentes de comportamento, desenvolvimento e risco tardios. Algumas apresentarão apenas o TDAH; outras terão esse transtorno aliado a problemas de aprendizagem, agressividade, conduta anti-social e péssima relação com os amigos. Todas compartilham o problema da habilidade reduzida de inibir seu comportamento e de manter esforços para sustentar atividades. E, com certeza, todas as crianças necessitam de nossos cuidados, apoio, orientação, educação e amor, embora possam ser um desafio para serem criadas.
(Texto do Dr. Russel A. Barkley no livro Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): guia completo para pais, professores e profissionais de saúde)
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